Cia. Stavis-Damaceno, de Curitiba, apresenta “Árvores Abatidas ou Para Luís Melo”  na Divisão de Artes Cênicas da UEL no sábado (26). No domingo, às 10 horas, no mesmo espaço, participa de um bate-papo com o público

“Árvores Abatidas ou Para Luís Melo” traz à cena uma mulher que foi convidada para um “jantar artístico” em homenagem ao famoso ator do Teatro Nacional, mas percebe que está, na verdade, em uma reunião de talentos medíocres. Arrependida de ter aceitado o convite, e enquanto espera o famoso ator que nunca chega, ela reflete sobre sua vida e o meio que a cerca, sob a lembrança de uma grande amiga, enterrada naquele mesmo dia.

Com este solo, a premiada atriz Rosana Stavis, da companhia curitibana Stavis-Damaceno, é a atração deste sábado (26), na programação da Mostra Nacional de Artes Cênicas – FILO 50+1. A única apresentação acontece às 19 horas, na Divisão de Artes Cênicas da Casa de Cultura UEL (Av. Celso Garcia Cid, 205). No domingo (27), às 10 horas, no mesmo espaço, Rosana participa da programação das Paralelas, com um bate-papo sobre os bastidores da carreira de atriz. No encontro aberto ao público, ela vai falar sobre a arte de atuar combinada com outros papéis fora dos palcos, em uma sociedade conservadora.

O espetáculo começa com a narradora sentada num canto da casa do casal Auersberger, ao som de um violinista, tecendo comentários sobre os convidados, reunidos na sala de música. A peça é baseada em Árvores abatidas. Uma provocação, do austríaco Thomas Bernhard (1931-1989), um dos principais escritores de língua alemã da segunda metade do século 20, ao lado de Günter Grass, Heinrich Böll e Peter Handke.

O espetáculo, da Cia. Stavis-Damaceno, de Curitiba, desde sua estreia em 2008, apresentou-se em mais de 100 cidades de todas as regiões do país, tendo sido indicado às principais premiações do teatro brasileiro, incluindo o Prêmio Shell, o APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) e o Aplauso Brasil, na categoria melhor atriz.

O texto, assinado por Marcos Damaceno, foi escrito especialmente para Rosana Stavis, uma das grandes atrizes do teatro brasileiro, comemorar seus 20 anos de teatro. O enredo é descrito pelo autor como uma ode de amor ao teatro, em que reflete as delícias e as desgraças da vida artística.

Algumas das características marcantes da peça são a caricatura e o exagero como linguagem, o tom poético com repetições e variações, uma pitada de grotesco e o cuidado minucioso com a musicalidade e ritmo das frases, além das ideias implacáveis contra as misérias da sociedade e do ser humano. Trata-se de uma narrativa densa e sôfrega, por vezes angustiante, frequentemente hilariante.

A narradora atua em um estado próximo ao devaneio, onde seus pensamentos, lembranças e imaginação fluem líricos em certos momentos, macabros e pesarosos em outros, tornam-se pouco imaginativos e medianos em certos trechos, para logo em seguida flertarem com a filosofia e o sublime, tornando-se expansivos, contraditórios e com confusões e associações próprias da consciência humana.

O espetáculo foi originalmente produzido por meio do Prêmio Myriam Muniz, concedido pela Funarte, com patrocínio da Petrobras.

Fundada em 2003 pelo diretor e dramaturgo Marcos Damaceno e pela atriz Rosana Stavis, a Cia. Stavis-Damaceno é hoje uma das mais representativas e prestigiadas companhias de teatro do Paraná. Dentre seus espetáculos destacam-se “Psicose 4h48”, de Sarah Kane (Prêmio Governador do Estado do Paraná / Troféu Gralha de Melhor Atriz), com mais de 300 apresentações por todo País, e o recente “Homem ao Vento”, ganhador em 2019 do Prêmio Shell de Dramaturgia – também na programação da Mostra Nacional de Artes Cênicas do FILO.

A paranaense Rosana Stavis é atriz e cantora, com experiência premiada no teatro – coleciona prêmios Gralha Azul – além de atuações no cinema e na televisão. Cofundadora da Cia. Stavis-Damaceno, referência na cena curitibana, é também professora de teatro. No currículo, mais de 60 espetáculos e o aval da crítica especializada como uma das melhores atrizes em atividade no teatro brasileiro contemporâneo, reconhecida por possuir imensos recursos e versatilidade, capaz de transitar facilmente, e sem perder a profundidade na atuação, entre os mais variados papéis, da tragédia à comédia, da ópera a espetáculos para crianças.

FICHA TÉCNICA
Texto e direção: Marcos Damaceno, a partir da obra de Thomas Bernhard. Com: Rosana Stavis. Iluminação e cenografia: Waldo Leon. Composição, adaptação, arranjos e direção musical: Gilson Fukushima. Violinista: Filipe Pinheiro. Figurinos: Maureen Miranda. Poster Art: Foca Cruz. Fotos: Elenize Dezgeniski. Realização: Cia. Stavis-Damaceno.

 

ÁRVORES ABATIDAS OU PARA LUÍS MELO

Cia. Stavis-Damaceno Curitiba – PR

26 de outubro | 19h | Divisão de Artes Cênicas/Casa de Cultura UEL (Av. Celso Garcia Cid, 205)

Classificação indicativa: 18 anos

Duração: 90 min

 

Assessoria de Comunicação
Mostra Nacional de Artes Cênicas
FILO 50 + 1

Serviço:

MOSTRA NACIONAL DE ARTES CÊNICAS – FILO 50 + 1
De 24 de outubro a 5 de novembro
Ingressos/espetáculos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia-entrada)
Ponto de vendas: Loja Ciranda (Rua Prefeito Hugo Cabral, 656) – Horário de funcionamento: segunda a sexta, das 9 às 18 horas, e sábados, das 9 às 13 horas.
Pela internet: https://www.sympla.com.br/FiloMostraNacionalDeArtesCenicas.
Patrocínio: Prefeitura Municipal de Londrina – Secretaria Municipal de Cultura – Programa Municipal de Incentivo à Cultura (PROMIC)
Apoio: Ciranda, Crillon Palace Hotel, Midiograf , Rádio UEL FM, Sanepar, SESI Cultura, Teatro Mãe de Deus e Vila Cultural Cemitério de Automóveis
Realização: Atrito Arte Artistas e Produtores Associados, Palipalan Arte e Cultura e Universidade Estadual de Londrina (UEL).