A atenção especial com questões da acessibilidade tem sido uma característica de destaque entre alguns grupos que estão na programação do FILO 50 + 1. Esta semana, o espetáculo infantil “O Menino e os Sortilégios”, do Teatro do Pequeno Mundo, terá três sessões no Centro Cultural Sesi/AML, de terça a quinta-feira (27 a 29 de agosto), sempre às 19h30, com interpretação em Libras – a Língua Brasileira de Sinais, exibida simultaneamente, por vídeo.

O Teatro do Pequeno Mundo, grupo de Bragança Paulista (SP), incluiu a transmissão em Libras em suas apresentações a partir da participação no Festival Amazonas de Ópera 2019, em maio. “O evento faz transmissão de Libras ao vivo de todas as óperas, exibidas para o público em vídeos com legendas em português”, conta Fabiana Barbosa, diretora de “O Menino e os Sortilégios”. O grupo também incorporou o recurso de acessibilidade às apresentações.

Na abertura do FILO 2019, a Companhia do Tijolo, de São Paulo, trouxe uma atuação em Libras em uma das cenas do espetáculo “A Cabeça Gosta de Pensar, Mas os Passos Tecem a Existência”. Também a Súbita Companhia de Teatro, de Curitiba, mostrou no palco do Teatro Ouro Verde um de seus seis solos do projeto Habitat (“Foi Assim Que o Oceano Invadiu a Minha Casa”), apresentado pela atriz Helena de Jorge Portela em português e em Libras.

Outro espetáculo a adotar recursos de interpretação em Libras é o “Chega de Saudade”, montagem cênico-musical que o coletivo londrinenense AntiQua4’Rio apresentou na última segunda-feira (26), no Teatro Ouro Verde. A atriz Camila Taari conta que a ação foi realizada especialmente para a participação no FILO, mas que agora será adotada nas demais apresentações do grupo.

Para Valeria Pellicano, coordenadora do projeto de inclusão Parque Escola Bico Amarelo, de Londrina, a acessibilidade é fundamental para toda a comunidade. “Arte é um caminho privilegiado para o aporte em acessibilidade e inclusão. Um evento internacional como o FILO encanta e contribui intensamente, de forma generosa, respeitosa e solidária com contexto social”, afirma.

Valeria tem acompanhado um grupo de surdos a várias apresentações no FILO e ressalta a importância dessas ações no contexto do Festival. “Arte e educação juntas trazem acessibilidade e inclusão para todos. A sociedade se enriquece pela interação com as diferenças, construindo a brasilidade e a identidade nacional”, completa.

SERVIÇO:

Festival Internacional de Londrina – FILO 2019

De 15 de agosto a 1 de setembro

Patrocínio:  Lei de Incentivo à Cultura, Copel, Governo do Estado do Paraná e Bratac.

Apoio: Sicredi, Midiograf, Viação Garcia, Unimed, Sesi Cultura, Crillon Palace Hotel, La Comédie, Núcleo dos Festivais Internacionais de Artes Cênicas do Brasil, Editora Cobogó, Ciranda, Bella Vista, Rádio UEL FM. Apoio institucional: Prefeitura de Londrina – Secretaria Municipal de Cultura e Associação Médica de Londrina.

Realização: Universidade Estadual de Londrina, Palipalan Arte e Cultura, Secretaria Especial da Cultura e Ministério da Cidadania.

Mais informações: www.filo.art.br