Estão abertas as inscrições para as oficinas que acontecem durante o Festival Internacional de Londrina – FILO 2016. Estudantes, atores e pesquisadores das Artes Cênicas podem enviar currículo resumido e carta de intenção até 21 de agosto, para o e-mail [email protected]. Mais informações pelo telefone (43) 3322-1030.

 

oficina InêsOficina: MÁSCARA NEUTRA – Inês Marocco/UFRS (Porto Alegre – RS)

De 29/08 a 02/09, das 14 às 18h

Local: Laboratório 1 (L1) – Artes Cênicas – CECA – Campus UEL

Público-alvo: estudantes, atores e pesquisadores das Artes Cênicas

Inscrições: carta de intenção e currículo resumido até 21 de agosto pelo e-mail

[email protected]

Valor: R$ 100,00

Vagas: 20

Carga Horária: 20 horas

Realização: FILO e Divisão de Artes Cênicas – Casa de Cultura – UEL

Mais informações: (43) 3322-1030

 

A máscara neutra é uma técnica para a formação do ator que desenvolve, entre outras coisas, o estado da neutralidade, do silêncio e da calma – pré-requisitos para a criação de qualquer tipo de jogo ou estilo.  Com a máscara, o ator é levado a usar mais o corpo, que é o principal meio de sua expressão. Muitas vezes, é no rosto que o ator coloca a expressão de seus estados e emoções, tornando-a uma máscara de vícios e clichês. Ao esconder o rosto, a máscara neutra ajuda a eliminar os vícios. O corpo do ator também sofre uma adaptação a este “novo rosto”, eliminando os movimentos e vícios corporais aculturados. O ator desenvolve uma inteligência corporal, uma economia e precisão dos movimentos que são características da presença física, além de uma disponibilidade para o jogo. A importância da máscara neutra como técnica para o ator está no fato de que ela é indispensável para aquele indivíduo, ator ou não ator, que quer se expressar cenicamente de maneira não banal, extra cotidiana e de forma orgânica. A máscara neutra deveria ser a base, o primeiro exercício do ator, antes de realizar qualquer trabalho em cena. A abordagem adotada é prática e se fundamenta no sistema pedagógico da Escola Internacional de Mimo e Teatro de Jacques Lecoq, em Paris.


Oficineira:

Inês Marocco é diretora de espetáculos, professora e pesquisadora. Áreas de atuação: Interpretação e Direção Teatral. Professora no Departamento de Arte Dramática da UFRGS. Coordena, neste departamento, dois projetos: o de extensão Teatro, Pesquisa e Extensão e o de pesquisa “As técnicas corporais do gaúcho e a sua relação com a performance do ator/dançarino”. Realizou o doutorado em Esthétique Sciences et Technologie des Arts, opção Études théâtrales et Chorégraphiques pela Universidade de Paris 8 Saint-Denis, França. Formação na École Internationale Jacques Lecoq: Curso de Mime Théâtre et Mouvement e o LEM (Laboratório do Estudo do Movimento). Fez cursos com Patrícia Stokoe, Klauss Vianna, Philippe Gaulier, Monika Pagneux, Jean Pierre Ryngaert, Oscar Fessler, Eugenio Barba, Torgeir Werthal, Daniel Trenner, Richard Schechner, entre outros especialistas. Diretora do Grupo Cerco de Teatro, realizou os espetáculos “O Sobrado” e “Incidente em Antares”, ambos adaptações de obras literárias homônimas de Érico Verissimo. Atualmente, faz parte do Projeto Fronteiras Culturais do CELP (Centro de Estudos Literários e de Psicanálise Cyro Martins) e do Centro Francês de Ethnoscénologie, com sede em Paris.

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Oficina MoitaráOficina: TREINAMENTO DO ATOR A PARTIR DA LINGUAGEM DA MÁSCARA TEATRAL – com Venício Fonseca/Grupo Teatral Moitará (Rio de Janeiro – RJ)

De 29/08 a 02/09, das 15 às 18h

Local: Laboratório 2 (L2) – Artes Cênicas – CECA – Campus UEL

Público-alvo: estudantes, atores e pesquisadores das Artes Cênicas

Inscrições: carta de intenção e currículo resumido até 21 de agosto pelo e-mail

[email protected]

Valor: R$ 100,00

Vagas: 15

Carga Horária: 15 horas

Realização: FILO e Divisão de Artes Cênicas – Casa de Cultura – UEL

Mais informações: (43) 3322-1030

 

(Acervo Grupo Moitará)

Nas oficinas de Treinamento do Ator, os participantes serão convidados a conhecer os princípios do trabalho energético do ator, através de um treinamento com ações físicas e vocais que servirão de base para a pesquisa do jogo da máscara teatral. A máscara exige do ator um compromisso de corpo inteiro, imerso em processo dinâmico, que vive o seu objetivo com plenitude tornando tudo visível, crível, onde o pensamento é ação e reação. Para jogar com a máscara, o ator precisa encontrar um estado físico-mental com qualidade de energia específica de onde origina o impulso essencial para cada ação. Quando a máscara está viva em cena, ela deixa de ser um objeto para se tornar um indivíduo que representa uma natureza além do convencional, catalisando a atenção do espectador. O treinamento com a máscara teatral é uma ferramenta importante para a formação do ator, no mínimo como um exercício de entrar e sair da personagem.

Oficineiro:

Venício Fonseca é fundador do Grupo Moitará, sediado no Rio de Janeiro. Desde 1988, o Grupo Moitará vem desenvolvendo uma pesquisa sobre a técnica e arte do ator através da máscara teatral, na busca por uma metodologia própria. Ao longo desses anos, vem realizando projetos artísticos, didáticos, socioculturais por meio de oficinas, espetáculos e palestras-espetáculos por todo o Brasil, participando de festivais nacionais e internacionais. No início da década de 1990, o Grupo Moitará aproximou-se do Centro Maschere e Strutture Gestuali – fundado por Donato Sartori. Por dois anos, em 1992 e 1995, participou das VI e VIII Edizione del Seminário Laboratorio Internazionale Artes dela Maschera – Itália. Junto com Roberto Ribeiro, coordenou, em 1995, a vinda do Centro Maschere ao Brasil, com exposição de máscaras de Amleto e Donato Sartori, italianos que marcaram a história do teatro confeccionando máscaras para Dario Fo, Giorgio Strehler, Bertolt Brecht, Jean Louis Barroult, Jacques Lecoq, Marcelo Moretto, Ferrucio Soleri, Mario Gonzales, Eduardo Filippo, entre outros. Em 2013, realiza um intercâmbio com o ator e diretor Enrico Bonavera, promovendo a demonstração de trabalho “Segredos de Arlequim”. Promove o lançamento do livro “A arte mágica de Amleto e Donato Sartori”, com a presença de Donato Sartori e Paola Pizzi do Centro Maschere.

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o-açougueiro_treinamento-012Oficina: O CORPO DO ATOR E SUA ARTE RITUALÍSTICA – com Alexandre Guimarães (Recife – PE)


Dias 05 e 06/09, das 14 às 18h

Local: Laboratório 1 (L1) – Artes Cênicas – CECA – UEL

Público-alvo: estudantes, atores e pesquisadores das Artes Cênicas

Inscrições: carta de intenção e currículo resumido até 21 de agosto pelo e-mail

[email protected]

Valor: R$ 40,00

Vagas: 15

Carga Horária: 8 horas

Realização: FILO e Divisão de Artes Cênicas – Casa de Cultura – UEL

Mais informações: (43) 3322-1030

 

(Ft: Lucas Emanuel/Curinga Comuniquê)

 

A formação tem como proposta levantar outras possibilidades no trabalho de preparação de atores e atrizes junto à descoberta de um teatro ligado ao ritual, quase artesanal da busca pela interpretação. O uso do corpo como agente e a linguagem não verbal do intérprete estimulam novas possibilidades dentro do processo criativo dos artistas. Os encontros tocarão: trabalho lúdico da voz, o corpo ancestral, o ator em situação de representação através do teatro físico, dentre outros.  Assim, temos uma oficina provocativa que coloca os participantes na sua autodescoberta. Um trabalho criativo que possibilita o acesso ao treinamento individual executado na construção do espetáculo “O Açougueiro” e seus princípios vivenciados durante os vários meses de preparação. As consonâncias das bases da oficina das propostas oriundas da metodologia ancestral de Eugenio Barba e o teatro performativo de Jerzy Grotowski. Tudo isso aliado às matrizes do corpo nas manifestações da cultura popular nordestina.


Oficineiro:

Alexandre Guimarães (foto) é ator e produtor cultural, bacharel em Comunicação Social pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e habilitado na Escola SESC de Teatro pela unidade de Jaboatão dos Guararapes (PE). Tem na sua formação artística cursos e oficinas voltados para o ofício do ator com profissionais do teatro e audiovisual, como Sergio Penna, Jayme Periardi, Fátima Toledo, Érico José, Dudude Herman, Samuel Santos. Desde 2007, tem trabalhado como ator e preparador de elenco em espetáculos como: “O Açougueiro” (direção de Samuel Santos/2015), “Diabólica” (Direção de Antônio Rodrigues/2014), “A filha do teatro” (Direção de Antônio Rodrigues/2013), “Auto do salão do automóvel” (Direção Kleber Lourenço/2012), “Senhora dos afogados” (Direção de Érico Jos/2011), “Pinóquio e suas desventuras” (Cênicas Cia. De Repertório/2009). O monólogo “O Açougueiro” nasceu a partir de um período de residência junto ao grupo “O poste soluções luminosas”, que tem mais de dez anos de história é conhecido pelo relevante estudo das matrizes africanas dentro da teatralidade contemporânea do Nordeste. O espetáculo está na programação do FILO 2016.

 

Serviço:

Festival Internacional de Londrina – FILO 2016

De 26 de agosto a 11 de setembro

Realização: Associação dos Amigos da Educação e Cultura Norte do Paraná e Universidade Estadual de Londrina

Patrocínio: Petrobras, Governo Federal, Prefeitura de Londrina / Secretaria Municipal da Cultura / Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic), Universidade Estadual de Londrina, Unimed Londrina, Horizon – John Deere.

Assessoria de Comunicação FILO