Festival Internacional de Londrina reúne admiradores das artes cênicas de diversas localidades
Em toda edição, o Festival Internacional de Londrina movimenta a cidade, aquece a economia local e também atrai admiradores das artes cênicas de diversas regiões do Paraná e de outros estados. Em 2023 não foi diferente. Algumas pessoas se organizaram em grupos para curtir o Festival, o que deixou a experiência ainda melhor.
Frequentador do FILO desde 2013, o casal Priscila Beatriz e Geovane Rodrigues veio de Campo Mourão (187 km de Londrina) prestigiar o Festival deste ano – e nem mesmo o pequeno Ravi foi motivo para adiarem a viagem. “Desta vez, alugamos uma casa e trouxemos avós e tios para ajudar nos cuidados com o nosso bebê; não dava para perder a nova edição do FILO”, comentou Priscila, em conversa com a assessoria de comunicação do festival.
Ela também é atriz e trabalha atualmente como coordenadora de ação teatral na Fundação Cultural de Campo Mourão. Integrante de um grupo de teatro da cidade, costuma incluir seus alunos nas viagens para o FILO. “É muito importante termos contato com linguagens teatrais tão diferentes e inovadoras, principalmente dos espetáculos nacionais e internacionais. Isso nos inspira e nos motiva. E, logisticamente, Londrina é muito mais acessível para nós do que irmos para Curitiba ou São Paulo”, ressaltou.
Um dos espetáculos destacados pelo casal na edição deste ano foi “Desfazenda – Me enterrem fora desse lugar”, do coletivo O Bonde, de São Paulo. “Ficamos muito impactados, choramos, nos abraçamos e precisamos de um tempo para digerir tudo o que vimos”, revelou Priscila.
Geovane Rodrigues também trabalha como ator e professor de teatro, e é orientador de atividades do Sesc em Campo Mourão. “A gente estava no começo do namoro quando veio pela primeira vez ao Festival. Não paramos mais de vir. O FILO faz parte do nosso calendário, ficamos na expectativa para sair a programação e liberar o horário para comprar”, contou. “Somos apaixonados pelo FILO, que é uma grande referência para o nosso trabalho”.
O casal também veio acompanhado de ex-alunos – agora atores profissionais e amigos. Pela segunda vez no FILO, Ana Paula Soares destacou: “A curadoria trouxe questões sociais e culturais importantes. Tem muita coisa legal que a gente gostaria de falar e o teatro faz isso por nós”, pontuou.
Leandro Alves curtiu sua estreia no FILO: “Achei incrível a organização do Festival, a programação de peças. Tudo muito enriquecedor. A gente volta para casa cheio de inspiração. Com certeza, volto no FILO do ano que vem!”, garantiu.
Criando memórias artísticas
O professor de teatro Márcio Franz, da Casa de Cultura de Toledo (a 415 km de Londrina), conseguiu reunir alunos de grupos teatrais iniciantes para conhecer o Festival de Londrina. “Participei do FILO em 2003 como parte do Programa Paranização (Teatro Guaíra/Governo do Paraná). Ficamos uma semana em um curso de teatro e foi incrível”, lembrou.
Com apoio da Secretaria Municipal de Cultura de Toledo, o grupo conseguiu custear o transporte e curtir um final de semana da programação do Festival deste ano. “Vimos o espetáculo ‘Desfazenda’, no Teatro Ouro Verde, e ‘Preta do Leite’, no Sesc Cadeião. Foi uma vivência muito marcante para os alunos e eles já querem voltar no ano que vem”, antecipou.
Entre as pessoas que integraram o grupo de viagem a Londrina, a engenheira de pesca Bianca Barbosa de Paula, de 27 anos, participou pela primeira vez do FILO. Natural de Maringá, ela trabalha em Toledo, onde faz curso de teatro amador.
“Achei maravilhosa a experiência, principalmente pelo fato de as apresentações serem realizadas em espaços diferentes, o que permite que a gente conheça melhor a cidade”, relatou. “Fiquei muito feliz em poder prestigiar espetáculos profissionais e ter contato com a organização do Festival. O teatro hoje é um hobby para mim, mas faz parte da minha vida e pode ser uma futura profissão”.
Ana Paula Nascimento
Assessoria de Comunicação FILO
Fotos: Fabio Alcover/FILO