Grupo italiano Teatro Potlach leva o fundo do mar para o palco do Ouro Verde no encerramento da programação do FILO 50+1
Cenários digitais, atores mergulhados num mundo fantástico, uma viagem rumo ao desconhecido, à tecnologia como companheira de cena e às emoções como matéria-prima de experimentos. Tudo isso no espetáculo “Vinte Mil Léguas Submarinas”, do grupo italiano Teatro Potlach, que encerra a programação do Festival Internacional de Londrina com a última apresentação no domingo (1/9). Serão três sessões: sábado, às 20h30, e domingo, às 16h e 20h30.
Pino Di Buduo tinha pouco mais de 16 anos quando leu pela primeira vez “Vinte Mil Léguas Submarinas”, clássico da literatura universal escrito por Júlio Verne há mais de dois séculos. Uma obra visionária para a época. Di Buduo encontrou inspiração para a sua versão do livro que o encantara na adolescência, transcrevendo para o palco as visões de menino diante de outro desconhecido: a tecnologia.
“Vinte Mil Léguas Submarinas” estreou no começo dessa década. Assim como Verne – que imaginou uma máquina capaz de levar tripulantes para o fundo do mar – Pino Di Buduo imaginou como faria o espectador mergulhar nas aventuras de Nemo e Aronax, como iria recriar aquele universo marinho diante da plateia. É aí que as projeções entram como parte da estrutura dramatúrgica do espetáculo.
Além do aspecto fantástico, a montagem ainda aborda questões ambientais, temas ligados à ecologia e problemáticas existenciais importantes do ponto de vista social. “O espetáculo fala de defender a natureza mas não apenas a sua beleza. O Capitão Nemo decide fazer isso até com a violência”, conta Di Buduo. “A arte pode ajudar as pessoas a se sensibilizarem sobre essas questões”, completa.
Esses temas urgentes se potencializam no trabalho interdisciplinar do grupo, entre teatro, música, cenografia digital e videoarte. O resultado no palco é uma simbiose entre as ações dos atores e os componentes interativos proporcionados pelas novas tecnologias.
O Teatro Potlach é famoso pelos métodos de pesquisa e experimentação teatral. Com sede em Fara in Sabina, na província de Rietti, a 30 minutos de Roma, o grupo se apresenta em festivais por todo o mundo e usa essa oportunidade como motor para os espetáculos. “A curiosidade, a vontade de descobrir novos mundos e culturas nos da energia”, afirma o diretor.
O FILO 2019 é uma realização da Universidade Estadual de Londrina, Palipalan Arte e Cultura, Secretaria Especial da Cultura e Ministério da Cidadania, com patrocínio da Lei de Incentivo à Cultura, Copel, Governo do Estado do Paraná e Bratac, apoio do Sicredi, Midiograf, Viação Garcia, Unimed, Sesi Cultura, Crillon Palace Hotel, La Comédie, Núcleo dos Festivais Internacionais das Artes Cênicas do Brasil, Editora Cobogó, Ciranda, Bella Vista, Rádio UEL FM e apoio institucional da Prefeitura de Londrina – Secretaria Municipal de Cultura e Associação Médica de Londrina.
FICHA TÉCNICA
Direção: Pino Di Buduo
Com: Daniela Regnoli, Nathalie Mentha, Marcus Acauan , Giovanni Di Lonardo, Gabriel Delfino Marques
Técnica de Som e Imagens: Zsofia Gulyas
Cenografia e Iluminação: Luca Ruzza
Cenografia digital: Aesop Studio e Mopstudio
Maquiagem e Figurinos: Laura Colombo
Assistente de Direção: Zsofia Gulyas
Classificação etária: Livre
Duração: 60 min