Um Bourbon para Faulkner
Um Bourbon Para Faulkner
Sinopse:
APOLO THEODORO, DONIZETTI BUGANZA E BRUNO BAZÉ (LONDRINA -PR)
No balcão do Hotel Esplanada
O ilustre Nobel Willian Faulkner abandona as convenções e vai molhar as palavras no balcão do bar
Em agosto de 1954, o celebrado escritor William Faulkner - Nobel de Literatura em 1949 - foi convidado para um evento no Brasil, uma semana em São Paulo. Gênio da literatura e sujeito intratável, mal humorado e beberrão, Faulkner era alheio às discussões literárias e ao convívio com escritores – viveu sempre como um fazendeiro do sul dos Estados Unidos, em Oxford, cidadezinha do Mississipi.
Faulkner nunca fez qualquer concessão à fama ou aos modismos literários e talvez por isso, o Congresso Internacional de Escritores para o qual foi convidado naquele final dos anos 50, não tinha a menor importância. Sem cerimônias, trocou o convite do clube literário por uma semana no bar do Hotel Esplanada, na capital paulista. Reza a lenda que não apareceu nenhum dia às conferencias
Episódio real, a temporada do escritor no balcão do Esplanada é o ponto de partida para a recriação do episódio no livro “Um Bourbon para Faulkner”, que o escritor Marco Antonio Fabiani transformou em livro agora por ele mesmo adaptado para o teatro. Na peça, o personagem real se junta a um personagem fictício, o garçom João Clark, neto de imigrantes americanos, com inglês fluente para horas de balcão.
Em cena, dois veteranos atores londrinenses, Apolo Theodoro no papel do escritor áspero, encrenqueiro e difícil, e Donizetti Buganza, dando vida ao barman, um homem simples e refém do seu cotidiano. Bruno Bazé costura a narrativa dando vida a outros vários personagens sob a batuta do experiente diretor Silvio Ribeiro.
Das conversas entre o cliente e o garçom, nova visão de mundo emerge na medida em que os copos cheios vão esvaziando, sempre a partir da perspectiva do hóspede ilustre. Tudo regado a generosas garrafas de uísque de milho e muitos lampejos: “Quando acendemos um fósforo é que temos a dimensão da escuridão”, diria Faulkner.
Ficha técnica
Direção: Silvio Ribeiro
Assistente de Direção: Igor Castro
Figurino: Ana Carolina Ribeiro
Cenografia: Caco Piacenti
Iluminação: Luiz Eduardo Pires
Sonoplastia: Fabrício Martins
Fotografia: Sandro Branco
Filmagem: Carlos Fofaun
Produção: Christine Vianna
Projeto Faulkner no Brasil, Pronac 177283
Lei de Incentivo à Cultura
Patrocínio: Unimed, Unimed Paraná, Plaenge
Parceria: Funcart, Aarpa
Promoção: Instituto Viola Caipira
Ministério da Cultura, Governo Federal
Classificação: 14 anos
Duração: 60 min