Translúcida Cia. de Teatro
Transtornada Eu
Sinopse:
CIA TRANSLÚCIDAS (LONDRINA - PR )
Corpos políticos, corpos poéticos
A violência não apaga o brilho e nem o poder desses corpos vibrarem – e de contarem histórias
Os seus corpos vivenciaram histórias que deixaram marcas, pegadas, impressões – tudo em forma de fragmentos que só podem ser recompostos como experiência comum quando as suas histórias são recuperadas, reconstituídas, partilhadas. Então surgem as perguntas: “o que é um corpo?”, “o que pode um corpo trans?”, “pode uma travesti falar?’, “o que é ser normal?
Nessa arrojada montagem em que traz à cena o viver de uma perspectiva LGBTQ, a Cia Translúcida vê mais verdade nas perguntas do que nas respostas. “Transtornada, Eu” é narrada a partir de lembranças de diferentes histórias que são comuns a transexuais, perseguidos e humilhados por suas escolhas – o Brasil é um dos países do mundo onde mais violência se comete contra pessoas LGBTQs, com índices de assassinatos alarmantes.
Mas a violência não apaga o brilho e nem o poder desses corpos vibrarem – e de contarem histórias. Aqui, são os corpos que falam numa espécie de teatro de revista futurista. O espetáculo tem todo o glamour das inumeráveis noites em que os desejos desimpedidos pulsam, brilham cheios de luzes e alegrias. Mas suas histórias não podem ser contadas com a linearidade dos romances água com açúcar – pois suas histórias transtornam e, na proposta desta dramaturgia coletiva, o transtorno pode ser inevitável quando perguntas e respostas confluem: afinal, o que é ser “normal”?
O corpo como instrumento político e poético ganha voz. E, diante dos estereótipos e clichês que patologizam modos de vida desviantes, “Transtornada, Eu” convida e instiga no público novas leituras, novos olhares, dando visibilidade ao corpo trans e todas as questões que o cercam. A montagem propõe: os caminhos são muitos – e teatro, território do corpo, é um deles.
FICHA TÉCNICA
Concepção geral: criação coletiva
Elenco: Linaê Mello, Mel Campus, Rafael Avansini, Herbert Proença
Participação em vídeo: Christiane Lemes
Texto: criação coletiva a partir de textos pessoais e textos de Susy Shok, Linn da Quebrada, Fauzi Arap e José Régio.
Figurino: criação coletiva com participação de Josyane Barandão.
Arte visual: Carolina Sanches
Registro audiovisual: Fagner Bruno de Souza
Operadora de luz: Daniele Stegmann
Contrarregra e operadora de som: Maria Rita Pereira
Classificação indicativa: 18 anos
Duração: 60 min.
Ficha Técnica:


Canto do MARL
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