Luiz Eduardo Pires e Mario Fragoso
Balada de um Palhaço
Sinopse:
LUIZ EDUARDO PIRES E MÁRIO FRAGOSO (LONDRINA – PR)
Dois palhaços no picadeiro da arte
No encontro antológico do palhaço Menelão com o Bobo Plin, a eterna inquietação do artista
O palhaço Menelão é o dono de um circo decadente e vive de olho na bilheteria. O palhaço Bobo Plin, empregado do circo, tem outras aspirações: quer sentir prazer no trabalho, sonha com um público crítico e sensível à criatividade, acredita na liberdade de expressão e no poder do riso para subverter os espíritos acomodados.
O impasse do artista entre necessidade de expressão e a necessidade de sobrevivência, a comercialização da arte a serviço do mercado, arte comprometida versus entretenimento são temas recorrentes. Mas que vêm ganhando relevância desde o final dos anos 1980, quando o genial e inquieto dramaturgo Plínio Marcos, que começou sua trajetória trabalhando no circo, escreveu “Balada de Um Palhaço”.
O Brasil vivia fim da Ditadura Militar e via ascender uma nova indústria cultural – num momento em que a política e a economia estavam ainda ensaiando os primeiros passos de sua dança neoliberal. Em tempos de revisionismo histórico, “Balada de um Palhaço” ganha uma atualidade quase sórdida.
Em cena, Menelão e Bobo Plin esgrimam seus argumentos apaixonadamente. Apesar das duras discussões, das acusações mútuas e do calor das emoções, existe em ambos um grande amor pelo picadeiro e pela arte do circo – e a profundidade de seus diálogos e embates fala muito sobre o debate cultural dos anos 1960, em contraste com a histeria das discussões de hoje nas redes sociais.
“Balada de um Palhaço” reúne no palco duas gerações de atores e encenadores londrinenses. Mário Fragoso começou a atuar no grupo Proteu, marco do teatro brasileiro nos anos 1980. Luiz Eduardo Pires, que concebeu e dirigiu o espetáculo, vem das primeiras turmas da Escola Municipal de Teatro e é um fã declarado e apaixonado da obra de Plínio Marcos, de quem já montou outras três peças e sobre o qual escreveu “Plínio Marcos – Cagado de Arara”, sua tese de graduação em História pela Universidade Estadual de Londrina.
Ficha Técnica
Texto: Plínio Marcos
Direção: Luiz Eduardo Pires
Elenco: Luiz Eduardo Pires e Mário Fragoso
Cenografia: Gelson Amaral
Figurino: Luiz Eduardo Pires
Trilha Sonora: Gabriel Kruczeveski e Silvio Ribeiro
Iluminação: Luiz Eduardo Pires
Operação de som e luz: Pedro Pessotti
Arte: Daniele Stegmann
Fotos: Celso Pacheco e Cesar Augusto
Produção: Camila Sampaio
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 60 min