Filo 2024
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Cine Teatro Ouro Verde

Grupo Carmin

A Invenção do Nordeste

Sinopse:

GRUPO CARMIN (NATAL-RN)

O Nordeste em tempo de fake news

Em meio ao preconceito da xenofobia, grupo potiguar inventa um Nordeste para além dos clichês 

“A Invenção do Nordeste”, premiado espetáculo que o grupo Carmin traz para a edição 50+1 do Festival Internacional de Londrina, coloca no centro da cena um tema tristemente celebrizado pelos ventos da polarização política que assolam o País: o preconceito contra o Nordeste, o seu povo e sua cultura. Não que o assunto seja novo – o estigma contra o nordestino vem do Brasil Colônia, mas a virulência com que a xenofobia ganhou as redes sociais no Brasil atual não para de causar espanto.

A atriz Quitéria Kelly se alarmou com as primeiras manifestações xenofóbicas já nas polarizadas eleições presidenciais brasileiras de 2014. Foi ali que surgiu nela o desejo de escancarar os clichês que envolvem o Nordeste e os nordestinos. O ponto de partida foi a obra do historiador Durval Muniz de Albuquerque Jr, autor do livro “A Invenção do Nordeste e outras Artes”. Nos dois anos seguintes, com apoio dos dramaturgos Pablo Capistrano e Henrique Fontes, a história foi lentamente construída. Era a primeira vez de Kelly na direção e o quarto trabalho autoral do grupo potiguar.

Na trama, um diretor de cinema seleciona o ator de um filme cujo protagonista é nordestino. A escolha entre dois atores finalistas coloca em movimento reflexões em torno de um estigma: os estereótipos não conseguem abarcar a diversidade e complexidade do que é ser nordestino em meio a referências tão múltiplas quanto díspares – de Glauber Rocha e Euclides da Cunha, de Luiz Gonzaga a Ariano Suassuna. A montagem se vale de recursos como filmes e documentos, maquetes e miniaturas, em diferentes registros de atuação — tragédia, comédia, teatro épico, pós-dramático, dança. 

Em tempos sombrios, “A Invenção  do Nordeste” mostra a potência plena do teatro em sua capacidade de “farejar e combater o perigo de uma regressão à barbárie”, como notou o critico Patrick Pessoa, do jornal O Globo, no registro do espetáculo em sua recente e ovacionada temporada carioca. O trabalho conquistou a melhor Dramaturgia na 31ª edição do Prêmio Shell de Teatro, principal prêmio do segmento no país. Em janeiro deste ano, a peça levou o troféu de melhor espetáculo do importante prêmio Cesgranrio de Teatro. 

FICHA TÉCNICA

Quitéria Kelly: Direção e figurino
Pedro Fiuza: Assistência de direção, dramaturgia audiovisual e desenho de luz
Durval Muniz Jr: Consultoria intelectual
Mathieu Duvignaud: Direção de arte e cenografia
Henrique Fontes e Pablo Capistrano: Dramaturgia
Henrique Fontes, Mateus Cardoso e Robson Medeiros: Elenco
Ana Claudia Albano Viana: Preparação corporal
Gilmar Bedaque: Preparação vocal
Mariana Hardi: Produção executiva
Gabriel Souto: Trilha original
Teo Viana: Design gráfico
Erick Lima: Xilogravura
Kátia Dantas: Costureira
Irapuã Junior: Cenotécnico
Anderson Galdino: Assistência Técnica
Juliano Barreto: Editor de vídeo
Deus e o Diabo na Terra do Sol de Glauber Rocha: Imagens de apoio - Todos os direitos reservados - Copyrights Consultoria LTDA


Classificação etária:
12 anos
Duração: 60 min

Ficha Técnica: