A Descoberta das Américas

Um ponto de vista não oficial do Novo Mundo
“A Descoberta das Américas”, de Julio Adrião (Rio de Janeiro), provoca no público inesperada reflexão

Em uma atuação intensa e despojada, Júlio Adrião narra, com rude ironia, outra versão da nossa história, que leva o público a uma inesperada reflexão sobre o período inicial da colonização do Novo Mundo. O enredo parte da história de um “Zé-ninguém”, de nome Johan Padan, rústico, esperto e carismático, que escapa da fogueira da inquisição e embarca, em Sevilha (Espanha), numa das caravelas de Cristóvão Colombo. Um ator só em cena, sem cenário, com figurino e iluminação reduzidos ao mínimo, atuando num estado essencial, de emergência. Para narrar sua história, ele dá vida a vários personagens - índios, espanhóis, cavalos, peixes e até Jesus e Madalena -, e usa um vocabulário gestual, mímico e sonoro para criar um pacto de cumplicidade com a plateia. Desde sua estreia em 2005, o espetáculo vem conquistando elogios e prêmios da crítica especializada.

FICHA TÉCNICA

Texto original: Dario Fo
Tradução e adaptação: Alessandra Vanucci e Julio Adrião
Direção: Alessandra Vannucci
Atuação: Julio Adrião
Figurino: Gabriella Marra
Iluminação: Luiz André Alvim
Montagem e operação de luz: Guiga Ensá
Realização: Julio Adrião Produções Artísticas Ltda.
Produção Executiva Fernando Alax
Duração: 80 minutos
Classificação: 14 anos